Defesa de PM quer que ele responda por homicídio de empresário em liberdade - Crédito: Reprodução/Redes SociaisCrédito: Reprodução/Redes Sociais

A defesa do cabo da Polícia Militar Clenilson Silva Mota vai pedir que ele responda pelo crime de homicídio em liberdade. O PM é acusado de matar o empresário Erisvaldo Moura Franco em um bar no centro de Altamira.

"Ele tem condições hoje de responder o processo, ou uma eventual ação penal em liberdade sim, por conta das circunstâncias pessoais, especialmente considerando que se trata de um policial militar, que tem uma história positiva com relação à corporação, tem o comportamento considerado excepcional, elogios registrados em sua ficha. Então tudo isso deve ser levado em consideração.", disse o advogado.

As câmeras de segurança registraram o momento em que o Cabo chega e atira contra um empresário que está na companhia de mulheres. A vítima identificada foi atingida na cabeça por cerca de três disparos, mesmo caído, Clenilson Mota atira mais uma vez contra o empresário, que não resiste e morre no local. Uma mulher também foi atingida com um tiro, mas não corre risco de morte. Logo após a execução, o PM tenta fugir, mas é surpreendido por outro policial que estava à paisana e atirou para evitar a fuga do atirador.

"A situação não é tão simples assim, não se pode resumir os fatos apenas no contexto das imagens que hoje nós temos acesso, que viralizou nas redes sociais. No entanto, a preocupação maior hoje da defesa é em relação a prisão preventiva que foi decretada em favor do policial militar. Nós recebemos com todo o respeito as decisões judiciais, mas iremos pedir uma reconsideração, tendo em vista que o policial militar, independente de entrarmos hoje na análise dos fatos ou da responsabilidade criminal do militar.", pontou.

Prisão domiciliar 

Segundo a Polícia Civil Erisvaldo tinha passagem pela polícia pelo crime de receptação de veículos, chegou a ser preso e encaminhado para a Seccional no ano de 2016. E teria descumprindo prisão domiciliar.

"O que consta é que ele estava em prisão domiciliar, no entanto as investigações seguem independente do histórico criminal, fato que neste caso, ele foi vítima, tudo está sendo apurado. O indivíduo que ceifou sua vida já foi autuado em flagrante. Todas as diligências estão sendo feitas pela PC e PM na tentativa de elucidar toda essa situação ocorrida.", falou o superintendente.

Vingança 

O empresário teria se envolvido em uma outra confusão em maio de 2021 após ser denunciado por violência doméstica. Segundo a PM ele desobedeceu a voz de prisão e teria tentado tomar a arma de um policial, nesse momento, outro militar atirou na perna dele para contê-lo.

Periquito foi atendido na Unidade de Saúde e depois levado até a delegacia, ele não ficou preso já que a esposa não quis levar a denúncia adiante. Segundo testemunhas Mota não estava na guarnição, mas tinha uma possível rixa com Erisvaldo. Os dois chegaram a discutir dias antes do assassinato, o Cabo teria dado um soco no rival.

"Nós temos informações sobre uma animosidade pré-existente entre a vítima com a instituição Polícia Militar. Temos informações inclusive do envolvimento da vítima numa relação de violência doméstica em que ela foi abordada pela PM e tentou desarmar o comandante da guarnição. Isso inclusive gerou um procedimento no âmbito administrativo. Então nós temos essa informação dessa animosidade anterior da vítima com a Polícia Militar.", concluiu.

Clenilson Mota ainda não foi ouvido pela polícia porque segue internado no Hospital Regional Público da Transamazônica. Ele passou por um procedimento cirúrgico e aguarda por avaliação médica. O caso é acompanhado pela Corregedoria da PM, segundo o comando do 16º batalhão do Xingu, o cabo pode ser expulso da corporação.

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